Desempenho do frango (vivo e abatido) na 45ª semana de 2020, 1ª de novembro – AviSite
Começando pelo abatido: após um raro e relativamente longo período de preços absolutamente estáveis (de 19 até 30 de outubro, último dia de negócios do mês), entrou em novembro a todo vapor, já que em apenas quatro dias de negócios (terça a sexta-feira) experimentou valorização de mais de 5%, o que significa que completou a primeira semana do mês com valor médio 2,5% superior ao do mês anterior e quase 20% maior que o de novembro de 2019.
Isso, porém, não é tudo. Porque os valores alcançado nos fechamentos da última sexta-feira, 6, corresponderam não só à melhor cotação deste ano, mas de todos os tempos. Ao menos nominalmente. Além disso, representaram valorização de mais de 75% em relação aos baixos valores enfrentados em maio deste ano, ocasião em que – devido ao isolamento social imposto pela pandemia – os preços registrados retrocederam aos menores patamares da corrente década.
O frango vivo, por sua vez, segue praticamente no mesmo ritmo. Aliás, fechou outubro (dia 31) com a primeira alta da temporada e – repetindo o feito de um mês antes – abriu novembro (terça, 3) obtendo novo reajuste, situação que se repetiu na quinta e sexta-feira (5 e 6 de novembro).
Assim, da mesma forma que o frango abatido, completou a semana com a melhor cotação do ano e de todos os tempos, acumulando (em cinco dias de negócios) valor médio cerca de 4% superior ao de outubro passado e quase 38% maior que o de um ano atrás.
A propósito deste último índice – mais exatamente, incremento anual de 37,77% – observa-se que corresponde a quase o dobro do obtido pelo frango abatido (+19,62%). Mas isso tem explicação: um ano atrás, em novembro de 2019, enquanto o frango abatido acompanhava a marcha de preços ascendente das carnes (segundo melhor preço do ano), o frango vivo, sem mercado, via seus preços retrocederem (segundo pior preço do segundo semestre).
Teoricamente, o movimento de alta vai ficando para trás, pois ainda que o mês mal tenha começado, já nos aproximamos do final da primeira quinzena, período em que o ritmo mais lento do varejo gera um esfriamento geral da demanda. Porém, frente à dinâmica ímpar que o mercado vem apresentando, nada impede que novos ajustes venham a ser registrados no decorrer desta semana.